Metaverso é um tema que pode ser entendido como muito complexo, por se tratar de uma nova tecnologia, que – inclusive – ainda é desconhecida por algumas pessoas, tanto em conceito quanto nas oportunidades proporcionadas.

Considerando essa inovação, e o alto potencial de desenvolvimento no mercado e de relacionamento, o tema vem sendo mais explorado nos últimos anos – ganhando força a partir de 2022, por conta da adesão da nomenclatura “Meta” pelo Facebook. 

Considerando esse fato, pode-se dizer que o metaverso é uma novidade para a sociedade e que demanda atenção – já que não se trata apenas de uma ferramenta do grupo de Zuckerberg.

O que é o Metaverso?

Na prática, o metaverso pode ser resumido como um espaço virtual que possibilita a criação de mundos com interação e objetivos diversos, permitindo que os usuários e marcas reproduzam a realidade e vivam novas experiências, priorizando as interações sociais.

Para isso, e considerando o crescimento deste universo, entende-se que para habitarem os espaços meta e se identificarem, os usuários precisarão criar seus próprios avatares virtuais – personagens esses que irão interagir nesse universo e fazer as mais diversas atividades “reais”, como:

• Trabalhar;
• Fazer amigos;
• Conquistar bens materiais;
• Promover vida social.

Assim, resume-se como o uso de tecnologias de realidade virtual e aumentada com o foco em experiências de imersão e interação dos usuários. É isso que o metaverso proporciona aos usuários.

Cabe ressaltar neste ponto que para acessar esses ambientes, além do avatar, pode ser necessário recorrer ao uso de acessórios e periféricos específicos, como óculos virtuais que podem ser conectados em computadores e smartphones com acesso à internet.

Surgimento do metaverso

O conceito do metaverso pode ser uma novidade para a sociedade, mas o seu surgimento tem influência de um romance de ficção científica publicado nos anos 1990.

Ainda nessa década, a indústria dos games deu forma ao conceito de realidade virtual como é conhecido hoje, graças ao lançamento do chamado Sega VR.

Nos anos 2000, Philip Rosedale criou o Second Life, um jogo que contribuiu muito para a construção de universos virtuais para coabitação, a base para metaverso.

Neste game, as pessoas podiam criar seus próprios avatares e, assim, iniciarem uma interação e nova vida no mundo digital.

Esse não foi o primeiro e único game criado e que se relaciona com o conceito de metaverso. 

Para se ter uma ideia, além desse, outros jogos que ganharam destaque nos últimos anos e que possibilitam a interação são: Fortnite, Roblox e Minecraft.

Já com relação à junção de mídias sociais e realidade virtual, a ideia é aprimorar e integrar ainda mais essas experiências junto aos diferentes universos, surgindo com mais relevância a partir da mudança no nome da empresa de Mark Zuckerberg, Facebook, para 

Meta, agregando novas oportunidades e diferenciais no desenvolvimento de novas ferramentas e novas estratégias de marketing. 

Conceitos importantes que ajudam a entender o metaverso 

Uma maneira de compreender melhor o metaverso, é reconhecer alguns conceitos que se relacionam diretamente com esse espaço e as transações online nesses ambientes.

Por meio de algumas tecnologias presentes neste universo, é possível negociar, comprar e vender roupas para os avatares criados, propriedades virtuais, obras de arte digital, entre outros itens.

Da mesma forma, considerando o outro lado do relacionamento, as empresas também poderão se beneficiar deste espaço, com a possibilidade de realizar vendas e fazer publicidade de forma mais direta e imersiva.

Dito isso, os principais conceitos que você deve conhecer e que se relacionam ao metaverso são:

Blockchain

É uma tecnologia que possibilitou o surgimento do chamado Bitcoin. 

Com o advento deste sistema, é possível rastrear o envio e recebimento de informações pela internet, com foco em movimentações relacionadas à dados e valores financeiros, estabelecendo “rotas” e segurança. 

Por ser um sistema seguro, é utilizado em transações de criptomoedas.

Nesse contexto, há diferentes possibilidades de investimento no metaverso, podendo resumir as transações e autorizações a partir de:

• Compra de tokens diversos;
• Compra de terrenos virtuais;
• Criptomoedas;
• Fundos de investimentos;
• Ações.

Criptomoedas

São moedas digitais que podem ser usadas para realizar compras, inclusive no metaverso. Uma das mais conhecidas é o Bitcoin.

Outras criptomoedas comumente utilizadas são: Mana (Decentraland), Sand (The Sandbox) e Enjin (Enjin Coin). 

Um ponto de atenção aqui é que para processos de investimentos é necessário ter atenção, para além da posse dessas moedas. De modo geral, são transações válidas para compras, fundos de investimentos e ETFs (Exchange-Traded Founds) com cripto.

NFT

Os chamados token não-fungíveis (non-fungible token) são códigos e materiais únicos, representando um conceito relevante no metaverso.

Isso porque funcionam como uma “senha” digital que serve para autenticar um artigo e garantir que ele seja único.

Este recurso permite autenticar transações e certificar os compradores de que um item é exclusivo, podendo ser encontrado em diferentes formatos.

VR (Realidade Virtual)

A realidade virtual, em inglês, virtual reality, ou VR, é um ambiente virtual em 3D que simula o mundo real e possibilita que as pessoas interajam com esses ambientes. 

Para acessr, é necessário o uso de óculos desenvolvidos para essa finalidade.

VA (Realidade Aumentada)

Realidade aumentada (Augmented Reality, ou AR) combina elementos do mundo real e do virtual para a interação online, permitindo criar ambientes, aproveitando índices reais. 

O jogo Pokémon Go é um exemplo disso, em que as pessoas vão aos lugares reais para interagirem virtualmente e capturarem criaturas online.

A economia no metaverso 

Por mais que se trate de um espaço novo, ele já está funcionando e sendo aprimorado constantemente.

Com isso, o desenvolvimento dos espaços e produtos, já existe uma economia presente e direcionada para o metaverso – baseando-se em compra, venda e negociação de produtos ou serviços, junto do blockchain.

De modo geral, para além da oportunidade de ampliar os contatos de divulgação e relacionamento, outras ações mercadológicas e desenvolvimento de produtos e culturas no metaverso são:

Arte

Artistas visuais têm comercializado suas obras registradas em NFTs no universo digital, tendo em vista a otimização dos processos de venda e a garantia de exclusividade e posse de materiais.

Cassinos

Por incrível que pareça, nesse mundo muitos negócios novos se desenvolvem, bem como formatos já conhecidos se reinventam para integrar o mundo digital. Esse é o caso dos jogos online e ferramentas de apostas.

Nesse contexto, não é incomum encontrar alguns cassinos no metaverso. Aqui, os jogadores podem apostar em jogos de azar, correndo o risco de ganhar ou perder criptomoedas.

Cabe ressaltar que, neste caso, há algumas normativas que se direcionam unicamente ao canal digital.

Música

Uma excelente oportunidade de divulgação, realização de eventos e ampliação de mídia, é a realização de shows e atividades musicais, compartilhando materiais.

Grandes eventos, como festivais e shows e música também são possíveis, inclusive por meio dos avatares e mundos criados unicamente para esses eventos.

Com isso, o metaverso se mostra uma nova oportunidade para que cantores realizem apresentações, como o que ocorreu com a Ariana Grande, por exemplo.

Metaverso e o futuro da internet

Com tantas novidades, o que podemos esperar do metaverso, as oportunidades e desenvolvimento desses espaços, e de como ele pode influenciar o futuro da internet?

Considerando que o metaverso é um espaço que permite criar novos mundos, podemos esperar uma internet mais imersiva, aberta e descentralizada. Especialistas definem o metaverso como um componente da web 3.0.

No momento, estamos na chamada web 2.0, que se trata de um ambiente de interação mediado pelas redes sociais.

A sociedade já viveu a chamada web 1.0, que era definida por páginas estáticas – e foi a partir dela que se iniciou o contato das pessoas com a internet e o desenvolvimento de novas oportunidades.

Com isso, o futuro será de novas descobertas para as pessoas a respeito do que é e como funciona o metaverso. 

Para as empresas, este espaço significa mais uma possibilidade de lucros e consolidação de marca. Inclusive, para se ter uma ideia, algumas empresas já se lançaram neste espaço, como:

• Facebook Inc – que hoje é Meta;
• Microsoft;
• Nvidia;
• Nike;
• Banco do Brasil.

Já para o público, há mais oportunidade de interação, organização e otimização da rotina, bem como a aproximação das marcas.

Para além dos das empresas que mencionamos acima e que tem experimentado o metaverso, é possível ressaltar que empresas brasileiras observam esse crescimento do metaverso com otimismo, porque isso pode representar novas oportunidades de inserção e competitividade de forma ampla e acessível.

Em contrapartida, um dos grandes desafios que o futuro reserva quando o assunto é o metaverso está relacionado ao acesso, já que os dispositivos de realidade virtual possuem um alto custo.

Outro ponto é a questão dos gráficos e velocidade de conexão com a internet. A tecnologia 5G, por exemplo, pode tornar os gráficos mais realistas e agregar rapidez, mas é um sistema que ainda está em implementação.

Portanto, o metaverso é um conceito que veio para ficar. Mais do que isso, é a oportunidade para transformar o modo como nos relacionamos com a tecnologia e com o mundo. 

Texto originalmente desenvolvido pela equipe Ideal Marketing, plataforma e blog que sua empresa precisa para gerenciar e entender muito mais sobre marketing em um só lugar.